Meliponário da Quinta da Estância

Quinta da Estância Inaugura projeto com Abelhas sem Ferrão

Muitas pessoas associam as Abelhas a insetos perigosos em função do risco de picadas, porém poucas pessoas sabem que as Abelhas Nativas Brasileiras não possuem ferrão.

As abelhas com ferrão são exóticas, provenientes da África e Europa, já as abelhas nativas Brasileiras não possuem este risco, já que não possuem ferrão, muitas destas espécies também são ótimas produtoras de mel e todas exercem um papel fundamental como polinizadores.

Mais de 70% das culturas agrícolas dependem das abelhas para realizar a sua reprodução, portanto a disseminação de informações sobre a importância destes pequenos insetos para a vida de nosso planeta é fundamental. Pensando nisso a Quinta da Estância inaugurou no dia 03/10, Dia Nacional da Abelha, o projeto Meliponário – Bee or not be, possibilitando que os visitantes conheçam e interajam com espécies nativas de abelhas sem ferrão e conheçam seu papel no ecossistema natural e para a produção agrícola.

“Nosso objetivo com este projeto é sensibilizar as pessoas sobre a importância das abelhas, valorizando as espécies nativas, ainda desconhecidas da maioria da população, mas que exercem um papel fundamental na polinização de culturas e ambientes naturais de nosso País” afirma a fundadora da Fazenda Quinta da Estância, a professora Sônia Sittoni Goelzer.

Inicialmente a Fazenda está trabalhando com 4 espécies de abelhas sem ferrão, são elas: Jataí, Mirim Preguiça, Mandaguari e Mirim Droryana. A escolha das 4 espécies, que estão distribuídas em 7 colmeias, não é por acaso, destaca Rafael Goelzer, Diretor da Quinta da Estância: “Escolhemos espécies de abelhas sem ferrão que possuem morfologias e tamanhos de colmeias distintas entre si, ou seja, são complementares no papel de polinização. Estas abelhas possuem o formato e tamanho de corpo diferentes, assim conseguem acessar desde flores com cavidades muito pequenas até as maiores. Além disso temos espécies como a abelha Mandaguari que possuem 10.000 abelhas sem ferrão em cada colmeia, enquanto a espécie Mirim Preguiça tem apenas cerca de 300 abelhas, estes são fatores que também se complementam na hora da polinização. Para fazermos um comparativo uma única colmeia de abelhas exóticas africanas possuem cerca de 100.000 abelhas”.

A regra de ouro informada pela Quinta da Estância é valorizar a diversidade, quanto mais espécies de polinizadores diferentes estiverem instaladas na região melhor será o resultado, tanto para aumentar a produção agrícola, quanto na reprodução das plantas nativas e da biodiversidade.

Todas as abelhas do Meliponário são SEM FERRÃO, ou seja, não há nenhum risco aos alunos e participantes da atividade.

A Quinta da Estância também criou a Colmeia Pedagógica, toda feita de vidro, onde os estudantes podem visualizar as abelhas sem ferrão produzindo mel, preenchendo os favos, além de sua organização social dentro das colmeias (uma oportunidade única), incluindo também o trabalho da Abelha Rainha (foto ao lado).

Também foram inaugurados na Fazenda dois hotéis de abelha, desenvolvidos pelo projeto Bee Care da Bayer. Voltados para atender a população de abelhas solitárias, ou seja, são insetos que vivem em pequenos grupos e não em colmeias como normalmente conhecemos. Estas espécies de abelhas normalmente se utilizam de cavidades em árvores para descansar à noite e também realizar a sua reprodução, para no dia seguinte manter seu importante papel de polinizadores. Os hotéis são estruturas feitas para servir como abrigos para estas espécies e estão colocados em locais estratégicos como na trilha ecológica da Quinta da Estância e também próximo a área do pomar da Fazenda, ambos estão também disponíveis para visitação.

Meliponário
Entrada  do meliponário